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Ibovespa acumula queda de 23% e dólar chega a R$ 4,72

Índice caiu 12% na tarde desta segunda-feira. Moeda americana alcançou maior valor nominal da história

Alta. Produto básico do dia a dia, o pão francês aumentará o preço já que o trigo é negociado em dólar
Alta. Produto básico do dia a dia, o pão francês aumentará o preço já que o trigo é negociado em dólar -

João Guilherme Castro

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Índice caiu 12% na tarde desta segunda-feira. Moeda americana alcançou maior valor nominal da história 

O Índice da Bolsa de Valores do Brasil, a B3, apresentou queda de 10% no início da manhã desta segunda-feira (9) e bloqueou instantaneamente as negociações, o chamado circuit breaker. A queda foi encabeçada pela baixa no valor do petróleo internacional, que caiu 20%. Ainda na tarde de segunda-feira o Ibovespa registrou queda de 12,26% e chegou a pouco mais de 86 mil pontos. Com isso o índice da bolsa acumulou queda de 23% em 2020. A cotação do dólar atingiu seu maior valor nominal e fechou o dia em R$ 4,72. A bolsa fechou o dia com a queda de 12,17%. Os 86 mil pontos alcançados pela bolsa foi o menor desde 28 de dezembro de 2018, quando o índice apresentava pouco mais de 85 mil pontos.  

Os impactos da alta da moeda americana serão sentidos a médio prazo em algumas situações do cotidiano. Por exemplo o pão francês, que por conta da comercialização do trigo ser feita em dólar, poderá apresentar alta no preço repassado ao consumidor. Mas a alta do preço não acompanha de maneira linear a alta do dólar, pois o trigo não é o único ingrediente necessário para a produção e o produtor analisa também as situações de mercado. 

De acordo com o economista Emerson Hilgemberg, a queda no preço do petróleo poderá impactar no valor dos combustíveis na ponta, ou seja, gasolina, etanol e diesel. “Se o preço do petróleo mantiver essa queda há perspectiva de que os combustíveis baixem de preço, mas se por um lado o diesel cai de peço, a demanda do frete, se a economia desacelerar muito forte, tende a cair também”, destaca.

Ainda de acordo com o economista, a instabilidade nas taxas de câmbio e na bolsa tendem a continuar, e isso deve ser afetado tanto pelos fatores coronavírus e petróleo, mas também pelas incongruências entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso Federal. “Foi uma conjunção de fatores que levou a esse estresse. Fatores externos da economia, fatores externos do coronavírus e fatores internos da não aprovação de uma agenda de reformas”, finaliza. 

Petróleo caiu por brigas entre Rússia e Arábia Saudita

Os mercados de todo o planeta, que nas últimas semanas têm atravessado momentos de instabilidade por causa do coronavírus, enfrentam um dia de turbulências, após a disputa de preços entre Arábia Saudita e Rússia em torno do petróleo. Membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Arábia Saudita aumentou a produção de petróleo depois que o governo de Vladimir Putin decidiu não aderir a um acordo para reduzir a extração em todo o mundo. No Brasil, a queda no barril de petróleo afeta as ações da Petrobras, maior empresa brasileira capitalizada na bolsa.

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