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Trabalhadores de ensino superior são contra ‘kit-covid’

Nota oficial fala que remédios não têm eficácia científica contra o coronavírus; Projeto de Lei tem gerado debate na cidade.

Sindicato se posicionou contrário ao Projeto de Lei sobre o tratamento precoce em PG.
Sindicato se posicionou contrário ao Projeto de Lei sobre o tratamento precoce em PG. -

Rodolpho Bowens

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Nota oficial fala que remédios não têm eficácia científica contra o coronavírus; Projeto de Lei tem gerado debate na cidade

O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Estaduais de Ensino Superior de Ponta Grossa (Sintespo) se manifestou contrário ao Projeto de Lei 35/2021, o qual fala sobre o uso de tratamento precoce contra a covid-19 na cidade ponta-grossense. A ideia seria utilizar recursos públicos para a compra e distribuição, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, bromexina, nitazoxanida, zinco, vitamina-D, anticoagulantes, entre outros.

Hoje (29), na ‘Sessão Ordinária’ da Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), o vereador Leandro Bianco (Republicanos) anunciou que fez uma alteração na proposta. Agora, o município não tem mais a obrigação de comprar os remédios. Isso, segundo o parlamentar, ficaria de responsabilidade da União. Além disso, outra nova ementa fala da possibilidade de parcerias com empresas privadas para aquisição dos medicamentos.

A Sintespo comunicou, em nota, que os remédios do ‘kit-covid’ não têm eficácia científica contra o coronavírus. “Entendemos que algumas pessoas, levadas pelo desespero na busca de alguma solução, outras por interesses que desconhecemos, queiram impor à administração pública medicamentos indicados para outras doenças na intenção de combater a pandemia. No entanto, é consenso na comunidade científica que hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina e outros medicamentos menos conhecidos são ineficazes contra o novo coronavírus. Até as próprias empresas que produzem esses remédios já se manifestaram nesse sentido”, diz o presidente do grupo, Plauto Coelho.

Debate na cidade

O PL tem gerado discussão na cidade ponta-grossense. Recentemente, a associação civil “Lux Brasil Ponta Grossa” se posicionou favoravelmente ao tratamento. Mesma linha de pensamento da Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG). Por outro lado, a Associação Pontagrossense de Farmacêuticos (ASPONFAR) disse ser contrária ao ‘kit-covid’. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) mostrou que os medicamentos são ineficazes contra o coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), FDA (Food and Drug Administration – EUA), o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças – EUA), a EMA (Agência Europeia de Medicamentos), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a AMB (Associação Médica Brasileira), o CFF (Conselho Federal de Farmácia) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também não são favoráveis a essa medida.

Confira abaixo a nota da Sintespo na íntegra:

“A direção do SINTESPO vem a público manifestar sua contrariedade à proposta que tramita em regime de urgência da Câmara Municipal de Ponta Grossa que pretende distribuir gratuitamente nas unidades públicas de saúde do município o chamado kit-covid.

O conjunto de medicamentos não tem comprovação científica de eficácia contra a pandemia de covid-19, mas mesmo assim alguns parlamentares propuseram e, ao que parece, boa parte dos edis se mostra favorável que o município gaste dinheiro público para sua distribuição na cidade.

“Entendemos que algumas pessoas, levadas pelo desespero na busca de alguma solução, outras por interesses que desconhecemos, queiram impor à administração pública medicamentos indicados para outras doenças na intenção de combater a pandemia. No entanto, é consenso na comunidade científica que hidroxicloroquina/cloroquina, ivermectina e outros medicamentos menos conhecidos são ineficazes contra o novo coronavírus. Até as próprias empresas que produzem esses remédios já se manifestaram nesse sentido”, diz o presidente do SINTESPO, Plauto Coelho.

No entendimento dos diretores do sindicato, todos os esforços do Poder Público devem ser direcionados a ações eficazes de controle e combate à pandemia, como o incentivo ao uso de máscaras, distanciamento social e higienização constante das mãos, alguma modalidade de auxílio emergencial às famílias mais carentes, ambulantes, trabalhadores informais e pequenos empresários e, acima de tudo, a compra de imunizantes”.

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