Pelissari fala de acesso a dados da VCG: ‘Não nos dá segurança’ | aRede
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Pelissari fala de acesso a dados da VCG: ‘Não nos dá segurança’

<b>Na Câmara, presidente da AMTT garante que ‘espelhamento’ de software da VCG não é suficiente para transparência do sistema e reforça pedido pela criação do fundo.</b>

Presidente da AMTT esteve na Câmara durante a sessão desta segunda-feira (29)
Presidente da AMTT esteve na Câmara durante a sessão desta segunda-feira (29) -

Rodrigo de Souza

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Na Câmara, presidente da AMTT garante que ‘espelhamento’ de software da VCG não é suficiente para transparência do sistema e reforça pedido pela criação de fundo.

O presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Roberto Pelissari, afirmou na Câmara que somente a criação do fundo de transporte trará à Prefeitura de Ponta Grossa a total transparência do sistema público de ônibus. Ele rebateu a informação do advogado da Viação Campos Gerais (VCG), Rodrigo Venske, que na semana passada esteve na sessão legislativa e disse que o poder público teria acesso a todos os dados disponíveis com o ‘espelhamento’ do software que controla a bilhetagem eletrônica.

Nesta segunda-feira (29), foi a vez de Pelissari prestar esclarecimentos aos vereadores na Casa de Leis em relação ao projeto de lei nº 211/2019, que tramita desde o final do mês passado e atualmente está impedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) de ser analisado em plenário. O presidente da AMTT acredita que o espelhamento dos dados, sem o controle total da venda de passagens, não faz com que a Prefeitura saiba tudo o que acontece dentro do sistema. “A disponibilização dos dados em forma de espelho, como a empresa propôs, não nos dá segurança. Isso não significa o acesso ao sistema de bilhetagem, e sim apenas uma cópia dele”, explicou.

Pelissari também contrariou a afirmação de Venske em relação ao possível aumento no preço da tarifa causado pela criação do fundo – o advogado disse que ele poderia alterar a matriz de risco de contratos futuros, refletindo em um bilhete mais caro nas próximas licitações. “Quando foi implantado o sistema integrado [pegar várias linhas de ônibus com uma passagem], havia um temor de que iria alterar a matriz de risco e que a empresa iria quebrar. Mas o sistema só crescer e a tendência é que, ao longo do tempo, se perceba que a criação do fundo é benéfico”, disse.

Em relação à demora por parte da AMTT em relacionar os servidores que teriam acesso ao sistema espelhado, Pelissari afirmou que só informará os nomes à empresa após um decisão final da justiça sobre a tramitação do projeto de lei que cria o fundo de transporte. "Não temos em um primeiro momento a necessidade de verificarmos toda essa questão operacional. Queremos a transparência total e o poder de intervenção do sistema nas mãos, e não somente o espelhamento dele", contou. Na semana passada, o advogado da VCG informou que aguarda, há cerca de 15 dias, somente o fornecimento dos nomes dos servidores que ficarão responsáveis pelo acompanhamento dos dados para dar acesso à AMTT ao sistema.

Conselho de Transporte deve se reunir essa semana

Enquanto a discussão sobre o fundo de transporte segue impedida judicialmente, o Conselho Municipal de Transporte (CMT) deve se reunir ainda nesta semana para analisar as planilhas de gastos do sistema de ônibus e chegar a um novo valor da tarifa técnica. Apesar de o preço atual da passagem estar em R$3,80, a VCG afirma que o valor está defasado e que deveria estar em R$ 3,99 (tarifa técnica atual). Existe a expectativa que uma nova sugestão sobre o preço saia ainda essa semana.

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