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Investimento em ferrovia possibilitará a consolidação de ‘porto seco’ em PG

Ponta Grossa já possui um terminal de contêineres, mas a demanda poderia favorecer instalação de um poto seco
Ponta Grossa já possui um terminal de contêineres, mas a demanda poderia favorecer instalação de um poto seco -

Fernando Rogala

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Revitalização e construção de novos trechos entre Cascavel e Paranaguá elevará a capacidade de carga, possibilitando a consolidação de porto seco na cidade.

A realização de uma obra de infraestrutura bilionária poderá favorecer a consolidação de um porto seco em Ponta Grossa. É a construção de novos trechos para a ferrovia Cascavel – Paranaguá, parte do projeto da ferrovia Maracaju – Paranaguá. Tal obra vai triplicar a capacidade de transporte nas estradas de ferro do Paraná, gerando a necessidade de mais áreas alfandegas, favorecendo a região de Ponta Grossa, já que 100% de tudo vai para Paranaguá, vindo do Oeste ou do Norte do Paraná, passa pela cidade. O investimento estimado neste trecho é de R$ 5 bilhões.

Um grupo de trabalho, com órgãos do governo e entidades, está realizando estudos deste trecho de ferrovia, denominado ‘Corredor Oeste’. São três estudos: de viabilidade técnica, econômica e ambiental, que consolida o EVTEA. “Os órgãos e as entidades estão trabalhando semanalmente para este ‘pré-estudo’ de viabilidade. No mês que vem, deve ficar pronto”, relata João Arthur Mohr, Secretario Executivo do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

Conforme detalha Mohr, não haveria a construção de uma estrada nova desde Paranaguá. Além de realizar a manutenção e investimentos em trechos já existentes, haveria a necessidade da construção de dois trechos, que hoje são gargalos logísticos neste modal: um trecho entre Guarapuava e Ponta Grossa, onde há bastante lentidão, por ser uma área muito sinuosa, e na Serra do Mar, onde a velocidade média é de 15 km/h, o que limita a capacidade de transporte. “As duas grandes obras seriam a ligação direta de Guarapuava até a lapa, com a construção de um trecho novo, de 210 quilômetros, e um novo entre Curitiba e Paranaguá, com mais 90 quilômetros de estrada de ferro”, completa Mohr.

Para consolidar o investimento, há a discussão de como ele será realizado, com a possibilidade de que seja financiado por investidores. Reuniões já foram realizadas com empresas japonesas e canadenses, as quais demonstraram grande interesse, segundo relata o secretário da FIEP. “É uma obra que levará sete anos, com o tempo de retorno em dez anos. Então, como se paga, estamos vendo como viabilizar essa construção”, ressalta. Essa ampliação em três vezes na capacidade de carga, potencializando o transporte de ida e volta pelo município, é que favoreceria a instalação de uma área alfandegada na cidade.

“Hoje, o terminal de Contêiner de Paranaguá é o mais movimentado por trem do Brasil. Se criar um pátio, em Ponta Grossa, para contêineres, as empresas exportadoras colocariam os contêineres nesse pátio, carregavam o trem, e isso vai direto para Paranaguá, para dentro do terminal. Com as inspeções da Receita Federal em Ponta Grossa, ganharia muito em tempo e logística”, conclui.

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