Sexta às Seis: o ‘trintão’ que faz parte da cena cultural de PG | aRede
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Sexta às Seis: o ‘trintão’ que faz parte da cena cultural de PG

Neste ano o projeto completa três décadas e os números são expressivos

A banda Jerimoon já se apresentou três vezes no Sexta
A banda Jerimoon já se apresentou três vezes no Sexta -

Da Redação

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Neste ano o projeto completa três décadas e os números são expressivos

No ano de 1990 ainda dava para sentir o calor da efervescência musical da década anterior, que viu nascer uma safra histórica de artistas nacionais, sobretudo no rock. Nas rádios: Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Barão Vermelho - entre muitos outros – emplacavam um sucesso atrás do outro. Nesse cenário, a cidade ganhava um espaço para revelar seus talentos – de todos os estilos – e reunir os ponta-grossenses apreciadores de arte no fim da tarde: o Sexta às Seis.

Para muitas bandas locais, subir ao palco do projeto é um sonho. A chance de mostrar seu trabalho, adquirir experiência, proximidade com o público, somadas à ajuda financeira, é uma grande oportunidade. Só nos últimos seis anos, 104 bandas ‘pratas da casa’ tiveram essa chance, mas faz bem mais tempo que profissionais e amantes da música têm encontro marcado toda sexta...São 30 anos! E sem crise, maduro e em sua melhor forma, o projeto ocupa lugar de destaque no cenário cultural da cidade.

O ‘Sexta’ tem alcançado números expressivos: de 2014 a 2019, foram 181 shows em 79 sextas-feiras; neste período, só em premiações, foi investido R$116 mil. Para o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fernando Durante, o sucesso é fruto de trabalho em conjunto. “O planejamento e empenho por parte da equipe, além da confiança conquistada junto às bandas e a população e o apoio que o Projeto Sexta às Seis recebe do prefeito Marcelo Rangel e de toda sua equipe, pois várias secretarias têm participação efetiva no sucesso desta iniciativa”, explica.

Público

O público fiel não abandona o projeto, ao passo que apreciadores das novas gerações continuam chegando. Ligiane Malfatti é frequentadora há um bom tempo e tem muitas recordações. “Eu já fui em muitos shows do Sexta às Seis, na década de 90 era realizado na concha acústica na chamada Praça do Ponto Azul, nesta época o clima era mais intimista e reunia muitos músicos e artistas da cidade. Depois a estrutura aumentou e foi para o Parque Ambiental. Assisti várias bandas, Cadillac Dinosauros, A Coisa, Streides, Jamp e muitas outras bandas que são destaque na cidade e já tiveram projeção nacional”, relembra.

Para a professora universitária, a cidade tem muitas escolas de música importantes, e o Sexta se torna uma vitrine para os alunos, além de incentivar a produção de músicas autorais, o que fortalece a identidade de cada banda. “Talentos que estão escondidos e que a população pode não ter acesso, e muitas vezes venera ídolos que vem de fora. É preciso que se abra espaço para a expressão e a arte”, comenta Ligiane.

Manuelle Moraes tem 20 anos de idade e sempre que pode marca presença no projeto. “O Sexta às Seis é sempre uma boa oportunidade para encontrar meus amigos, me divertir e aproveitar os shows com eles. É um evento plural, muita gente reclama que sente falta de quando ‘só tinha bandas de rock’, mas com o tempo a gente passou a ver show de rap, de reggae, de indie, orquestra”, comenta.

Para a jovem, as apresentações mais incríveis, foram protagonizadas pelas mulheres. “Teve mulher fazendo de um palco pequeno algo grandioso. Tem dois shows que me marcaram muito, aconteceram ano passado: o da banda A Vera e o da MUM, foram na mesma noite e simplesmente incríveis. Não me lembro de ter me sentido tão feliz e impressionada antes com algum show”, relembra.

A média de público no projeto gira em torno de 800 pessoas, mas várias apresentações já ultrapassaram, e muito, essa marca.  Em 2016, no show da Casa das Máquinas, foram 4.500 pessoas, em 2018 a banda Patrulha do Espaço reuniu 3.500. A banda ponta-grossense Maiden Rulles também levou uma multidão, foram 3 mil pessoas na apresentação.

Bandas

Ao longo das três décadas de projeto, grandes artistas já subiram ao palco do Sexta às Seis, como Blindagem, Dazaranha e Wander Wildner. Mas muitos grupos locais que ainda estão conquistando seu lugar ao sol também tiveram a chance de se apresentar. “O rock não tem muito espaço atualmente e eventos assim abrem espaço tanto para bandas iniciantes como bandas de nome. Sexta às Seis faz parte da cultura e essência de Ponta Grossa”, conta Bruno Marinho Golombieski, integrante da Ursos Caipiras Country Rock Band, que já cantou no projeto por duas vezes.

A Banda Jamp nasceu em 2008 no Colégio Estadual Presidente Kennedy e já tocou várias vezes no projeto. Para o baterista Mario Sergio Ferreira, a primeira vez foi memorável. “A gente foi escolhido entre muitas bandas boas da cidade e quando subimos ao palco foi muito ‘da hora’, o público estava com saudades do Sexta às Seis e a gente tocando pra toda aquela galera com certeza foi inesquecível”, conta.

Outra representante princesina que deu as caras por lá em 2015, 2016 e 2018 foi a Jerimoon. Alain Barros, vocalista da banda, reconhece a relevância do projeto. “Sempre que somos classificados é como se tivéssemos passado no vestibular, todo o processo é muito divertido e toda a equipe da fundação é supercompetente”, comenta.

2020

Com o número e a qualidade de bandas inscritas aumentado a cada edição, as expectativas para a próxima temporada são grandes. A abertura é no mês de março e a Fundação prepara um grande show de estreia. Além disso, em julho haverá uma edição especial para celebrar o ‘Dia do Rock’.

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