Projeto Gralha Azul movimentará 5 mil vagas de emprego

Obras na rede de transmissão de energia elétrica foram iniciadas em setembro e seguirão até meados de 2021

As obras do investimento de R$ 2 bilhões que a Engie irá realizar no Paraná, sendo sua maior parte na região dos Campos Gerais, estão em execução desde o mês de setembro em Ponta Grossa. É na região da Colônia Moema, entre o rio Tibagi e a estrada de terra que liga a Estrada José Kalinoski e a BR-373, que está sendo construída a maior subestação do projeto denominado Gralha Azul, caracterizado por 1.146 quilômetros de linhas de transmissão em 27 municípios das regiões centro-sul e centro-oriental do Estado. O projeto irá movimentar cinco mil vagas de emprego quando no pico de execução, em 2020. Com cinco novas subestações, cinco ampliações de subestações e quinze linhas de transmissão, o projeto deverá ser concluído em 2021, com a operação escalonada prevista para iniciar em julho.

Somente esse projeto da subestação em Ponta Grossa receberá um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões. Em um terreno de quase 230 mil m², será implantado o pátio da subestação (SE), com aproximadamente 62 mil m². Essas dimensões são necessárias porque a SE Ponta Grossa será constituída por dois setores, um em 525 kV e outro em 230 kV, os quais terão 10 transformadores, 14 reatores derivação, dois grupos motor gerador e dois transformadores de serviço auxiliar. “Esta é uma subestação muito grande e por dar condição de escoamento a todas as demais linhas foi a primeira a ser iniciada. As obras civis da subestação Ponta Grossa seguirão em ritmo acelerado em 2020, sendo que no segundo semestre deve ser iniciada a montagem eletromecânica dos equipamentos”, informa Márcio Daian Neves, gerente do projeto Gralha Azul.

Hoje, somente no município de Ponta Grossa, nas atividades preliminares de mobilização dos canteiros de obra das linhas de transmissão, são cerca de 250 colaboradores trabalhando no momento. As obras estão sendo realizadas pela Tabocas, empresa mineira especializada na construção de linhas de transmissão, e também pela Siemens, multinacional com grande expertise no ramo elétrico. “O projeto prevê que, no pico das obras, teremos em torno de 5 mil trabalhadores, distribuídos em diferentes frentes de serviços”, esclarece o gerente. Vagas as quais serão ‘pulverizadas’ junto aos municípios que receberão as obras.

Para Ponta Grossa, as vagas são geradas de forma gradativa. Em janeiro, por exemplo, mais postos de trabalho serão oferecidos. “Para as atividades em Ponta Grossa, no mês de Janeiro, devem ser abertas mais 50 vagas, aproximadamente, número que deve crescer com o aumento de volume das obras ao longo do ano. Também, poderá haver trabalhadores de Ponta Grossa que atuarão em outros municípios e vice-versa”, completou Márcio Neves.

Vagas são ofertadas por agências

O processo seletivo e a contratação dos colaboradores em Ponta Grossa e na região são totalmente feitos pela empresa construtora – neste caso a Tabocas. O gerente informa que geralmente a empresa aproveita os bancos de currículos do SINE e Agências do Trabalhador locais. “A Construtora está consolidando as parcerias com as agências de intermediação de mão-de-obra locais e a partir do início de janeiro faremos ampla divulgação dos meios através dos quais os candidatos poderão acessar as vagas”, relata.

Qualificação

Quanto à qualificação dos profissionais exigidos, no primeiro semestre de 2020, as contratações tendem a focar, em sua maior parte, em trabalhadores da construção civil. “Já para o segundo semestre, quando se iniciam as atividades de montagem eletromecânica das linhas de transmissão e subestações elétricas, devem iniciar as contratações de eletrotécnicos e montadores, vagas que requerem um pouco mais de conhecimentos específicos”, conclui Neves.