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Alunos do Sagrada Família relatam experiência de inclusão

Nonos anos A, B e C do colégio em Ponta Grossa colocaram à prova, em suas casas, como vivem pessoas com algum tipo de deficiência – e falam sobre importância do tema

O aluno Pedro Henrique de Freitas demonstra a dificuldade de locomoção dentro da própria casa
O aluno Pedro Henrique de Freitas demonstra a dificuldade de locomoção dentro da própria casa -

Dhiego Tchmolo

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Nonos anos A, B e C do colégio em Ponta Grossa colocaram à prova, em suas casas, como vivem pessoas com algum tipo de deficiência – e falam sobre importância do tema

Os nonos anos A, B e C do Colégio Sagrada Família, sede Centro, em Ponta Grossa, realizou uma atividade sobre a inclusão na sociedade atual. Com leituras nas aulas de Língua Portuguesa, sob coordenação da professora – que relatou como foi o trabalho – os alunos deram suas perspectivas sobre a importância de aplicar, na prática, conceitos que elucidem essa temática.

“Ao finalizar essa simulação, percebi como as pessoas com deficiência enxergam além da visão. Elas enxergam o mundo de outras maneiras, vivem aventuras e experiências todos os dias, lutando para se adequar ao mundo que deveria estar adequado a elas. Admiro cada pessoa com qualquer tipo de deficiência, porque apesar dos desafios, elas nunca desistem e lutam para a sua vida ser a melhor possível”, comenta a aluna Isabela Mercer de Menezes.

A colega Juliana Florão Paes vai nessa linha: denota que pessoas com deficiência sofrem descaso na sociedade, com pessoas preconceituosas que “sobrepõe o paradigma”, além das cidades não terem sistemas adaptados para as pessoas. Ainda, diz que o governo não dá a devida importância à acessibilidade. “Em meio ao mundo evoluído que vivemos, a inclusão social ainda está muito desatualizada”, complementa Juliana.

A aluna Livia Betim Hupalo comenta as suas perspectivas na experiência. “Foi difícil me alimentar com a mão esquerda, pois não tenho muita coordenação motora com ela. Tudo foi difícil, principalmente pegar o resto da sopa que tomei. Depois, fui levar o prato para a pia, para lavar, como faço às vezes. Mas sem o braço direito não consegui lavar a louça”, cita. As três alunas, destaca-se, são do 9º ano A.

Já no 9º ano B, Giovana Noviski Nadal relata: “A dificuldade em relação à segurança no andar é extrema”. Algo compartilhada pela colega Ana Carolina Tavares Colesel. “Para mim, foi uma experiência bem difícil usar somente uma das mãos, pois desde pequena estou acostumada a utilizar as duas para fazer desde atividades simples até atividades mais complexas”, cita a estudante.

E, para fechar, no 9º ano C, Yasmin Gabroski cita o que pode ser feito para ajudar pessoas que tenham dificuldade ao ouvir. “Para ajudar as pessoas com deficiência auditiva a entenderem melhor o que é falado (programas de televisão e filmes), várias ações poderiam ser feitas, como a aplicação de legendas e/ou janelas com intérpretes de Libras, pois assim, todos teriam acesso aos conteúdos oferecidos por esse meio de forma igualitária”.

Confira os outros depoimentos dos alunos:

“Depois de fazer a simulação de como ser um deficiente locomotor, percebi que tarefas que realizo com facilidade são totalmente difíceis sem poder andar [...] por isso devem ser criados mais lugares com acessibilidade para cadeirantes, colocando rampas e elevadores. Assim, eles serão menos excluídos da sociedade” - Luan Kowalechyn dos Santos, 9º A

“Fazendo essa dinâmica, percebi que as pessoas surdas têm dificuldades de inclusão na sociedade, acesso à informação, lazer, cultura e comunicação, além dos atendimentos na área da saúde” - Pamela Baptista dos Santos, 9º A

“O mundo não é adequado para pessoas com deficiência, ainda há muitas barreiras a serem derrubadas para encontrarmos igualdade entre todas as pessoas. Para chegarmos mais perto de um país apropriado para todos, é necessária a presença de piso tátil em todas as ruas, escolas e estabelecimentos comerciais e que fosse obrigatório o ensino de libras e linguagem de sinais em todas as escolas” - Rebeca Beninca, 9º A

“Quando sabemos mais sobre alguma deficiência, apenas imaginamos como seria vida das pessoas com tais condições, mas nunca tentamos de fato saber como é seu dia a dia” - Ana Beatriz Pucci de Jesus, 9º B

“A experiência através da simulação me fez perceber o quão difícil é a vida das pessoas com deficiência, especialmente as que possuem deficiência visual. Mesmo por pouco tempo, comparado a essas pessoas, não poder enxergar me deixou tensa e mais atenta aos meus outros sentidos, como o tato e audição” - Anna Beatriz Meira Hilgenberg, 9º B

“Existem inúmeras formas deficiência motora, a que foi representada foi a monoplegia, quando apenas um único membro inferior ou superior é afetado. [...] Pra mim, essa experiência foi  difícil, pois perdi parte do equilíbrio e não consegui cumprir algumas tarefas, como escrever. Outras ficaram mais difíceis, como pentear o cabelo” - Davi Lacerda de Mello, 9º B

“Essa atividade foi muito importante, pois me coloquei no lugar das pessoas com deficiência motora e não foi nada fácil vivenciar essa experiência. Após a realização desse projeto, acredito que valorizarei mais as pessoas com deficiência, não só motora, [...] pois elas passam por muitas dificuldades no seu dia a dia, inclusive ser julgadas por grande parte da sociedade” - Gabriel Colman Martins, 9º B

“A simulação foi importante para nos mostrar a realidade vivida por um deficiente. Por não convivermos com alguma incapacidade, não nos damos conta dos inúmeros problemas que essas pessoas sofrem todos os dias. Elas precisam de ajuda e suporte técnico para realizar certas atividades. Isso não significa que querem olhares lamentosos. É importante ressaltar que são pessoas incríveis que desenvolvem outras habilidades, entretanto, é necessário também mostrar que o espaço e os meios precisam estar adaptados. Infelizmente, não é isso que sempre vemos” - Grazielly do Bomfim Antisko, 9º B

“Ao perder minha capacidade auditiva, percebi que minha visão se tornou mais aguçada, pois fiquei mais atento aos detalhes presentes para uma melhor compreensão do filme ao qual assisti” - Gustavo Camargo, 9º B

“As pessoas que têm deficiência auditiva são praticamente “obrigadas” a entender as coisas mesmo sem ouvir, criando suas próprias maneiras de inclusão” - Gustavo Vaz Bese, 9º B

“Um dos primeiros passos para uma sociedade mais inclusiva é que em lugares públicos ou espaços que hajam comércio, tenham placas em Braille (sistema de escrita usada por pessoas cegas ou com baixa visão) para que as pessoas com deficiência visual tenham noção de onde estão indo ou o que vão comprar sem a necessidade da ajuda de alguém”, - Bruna Lombardi – 9º C

“Eu fiz duas simulações, a de deficiência visual e locomotora. Em ambas, eu tive dificuldades, me senti perdida e incapaz de realizar diversas atividades, como ler e escrever, correr e fazer atividades cotidianas espontaneamente. Isso apenas fortaleceu o pensamento de indignação com aqueles que deixam de acreditar nos direitos das pessoas com deficiência. Como dizia John F. Kennedy “Lutar pelos direitos dos deficientes é uma forma de superar nossas próprias deficiências” - Giulia Thauane Angieski, 9º C

“Fiquei muito mais cuidadosa, mas muito ansiosa por não conseguir ver nada” - Luiza Galvão Matoso, 9º C

“A nossa imaginação e visão ficam mais aguçadas, já que temos que prestar mais atenção à boca da pessoa com que falamos e praticar a leitura labial” - Natalia Roloff dos Santos, 9º C

Acesse o blog escolar do Colégio Sagrada Família clicando aqui

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