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Odontologia da UEPG prepara mudanças para 2023

Curso trabalha em Projeto Pedagógico construído a partir das novas Diretrizes Curriculares Nacionais

Entre os destaques da mudança estarão a integração entre ensino, serviço, gestão e comunidade
Entre os destaques da mudança estarão a integração entre ensino, serviço, gestão e comunidade -

Da Redação

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Curso trabalha em Projeto Pedagógico construído a partir das novas Diretrizes Curriculares Nacionais

O curso de Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) trabalha em um novo Projeto Pedagógico do Curso (PPC). A novidade passa a valer para calouros de 2023. Construído a partir das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) aprovadas pelo Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação e Câmara de Educação Superior, em 2021, o novo Projeto prevê mudanças no currículo do curso e visa uma formação completa e de excelência, com foco na prática profissional, mais integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A convite do Programa de Pós-Graduação da UEPG, a professora Daniela Lemos Carcereri, titular do Departamento de Odontologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ministrou palestra online sobre as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Odontologia. A fala da docente aconteceu em 27 de abril, durante o Integra, evento de integração para novos pós-graduandos e para estudantes visitantes da Universidad Peruana Cayetano Heredia (UPCH).

A professora Márcia Helena Baldani Pinto, do Departamento de Odontologia da UEPG, ressaltou a importância do tema, que na UEPG é debatido entre os próprios acadêmicos em sua formação. “Existe a disciplina de Didática de Ensino Superior no nosso Mestrado. No Doutorado, há a disciplina de Docência em Saúde, que propõe ao doutorando a reflexão sobre o PPC. Nessas disciplinas, é possível refletir a respeito do profissional que a gente quer formar no Brasil”, diz.

As mudanças

Dentre os pontos de mudança apresentados pela palestrante, a integração entre ensino, serviço, gestão e comunidade foi um dos destaques. O estágio, segundo a palestrante, é uma das ferramentas de ensino mais importantes da formação acadêmica, pois propicia o contato com o real ambiente que o futuro profissional irá atuar. “Uma das questões é que ele possa desenvolver competências profissionais gerais e específicas, com vistas a essa formação ampliada, social, humana, científica, preparando para o trabalho profissional da odontologia na sociedade, de forma articulada e com complexidade crescente ao longo da formação”, destaca a professora Daniela.

O estágio no Sistema Único de Saúde (SUS) foi apontado pela professora como o formato ideal, pois proporciona a coletividade do trabalho com outras competências e áreas da saúde. “O nosso SUS tem a estratégia Saúde da Família como um modelo prioritário de organização da atenção primária à Saúde. As IES que conseguem que seus estudantes passem esses 20% de carga horária em trabalho conjunto com essa estratégia Saúde da Família, potencializam o trabalho interprofissional, e aí ele vai levar em consideração todo esse trabalho de competências gerais, como por exemplo, a liderança”, salienta.

O estágio no SUS é indicado pela professora Daniela como um novo horizonte de aprendizado e experiências aos acadêmicos. “O SUS vai contribuir muito para essas competências de comunicação. Dentro da IES, os estudantes têm uma relação horizontal com seu colega graduando, e é um tipo de comunicação que é cheio de jargões, eles percorrem as suas trilhas de estudantes juntos, eles têm um elo”, conclui.

A palestrante ainda enfatiza que esse modelo é importante e imprescindível à boa formação profissional. “Qualquer profissional, de qualquer área, que se forme no mundo, no Brasil, necessita dessa qualidade de trabalhar em equipe e do pensamento crítico reflexivo. E isso a gente consegue utilizando as metodologias ativas”. O formato de trabalho proposto pelas novas DCNs e exposto na palestra também favorece o amadurecimento profissional não só do acadêmico, mas daqueles que atuarem com ele durante seu estágio: “quando tem um dentista dentro da equipe de Saúde, seja em nível hospitalar, ou na atenção primária na Saúde da Família, essa equipe aprende muito sobre saúde bucal e a gente se torna ainda um melhor profissional”, explica.

Residências Uniprofissionais

Hoje, a UEPG ainda não conta com residência médica para os acadêmicos de Odontologia, mas, a partir das novas DCNs, as Residências Uniprofissionais em Odontologia serão desenvolvidas em todas as IES estaduais com Hospital Universitário. “Com o novo projeto, teremos que destinar metade da carga horária total às atividades práticas, sendo 40% de assistência nas clínicas, sem contabilizar neste percentual o estágio curricular. Se considerarmos que 10% devem ser destinados à curricularização da extensão, teremos um curso eminentemente prático”, explica o professor Fábio André . Em termos de horas, serão 2 mil para práticas, 1.600 horas em clínica; 800 de estágio; 400 horas em outras práticas; e 1.200 horas — cerca de 30% do total — de aulas teóricas, atividades complementares e extensão.

Com a aplicação das alterações, o objetivo  é uma formação acadêmica de qualidade e ligada às competências utilizadas no dia a dia profissional. A resolução prevê novas habilidades em comunicação, com, compreensão e domínio da comunicação verbal e não-verbal, escrita e a leitura da Língua Portuguesa, para atendimento às comunidades pertinentes. A Diretrizes indicam a necessidade de inclusão da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e línguas indígenas. No novo projeto, as DCNs também indicam como desejável a compreensão de uma língua estrangeira.

Adaptação do Currículo e aplicação das novas DCNs

O professor Fábio André destaca que a adaptação do currículo está praticamente fechada, mas agora vem uma fase complexa, em que o NDE está trabalhando nas estruturas do curso, da Universidade e do Município, para que seja possível realizar a proposta que já está no papel. “Os Hospitais Universitários e as parcerias com o Município, em especial as Unidades Básicas de Saúde, serão cruciais para que este curso mais prático seja viável”, enfatiza. Em relação ao Município, o professor cita como opção o GraduaCEO – Brasil Sorridente, um novo componente da Política Nacional de Saúde Bucal, desenvolvido pelos Ministérios da Saúde e da Educação. A parceria visa, entre outros objetivos, integrar as clínicas odontológicas das instituições de Ensino Superior, com curso de graduação em Odontologia à rede pública de serviços de saúde bucal.

A conexão entre academia e comunidade, como destaca a palestrante, professora Daniela Lemos Carcereri, é essencial para a construção de uma educação de qualidade. “Nós temos um marco legal que compete à gestão do Sistema Único de Saúde a formação de recursos humanos na área da saúde e são atribuições do Conselho Nacional de Educação assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira”. Por esse motivo, as mudanças propostas visam a aproximação entre os acadêmicos, a sociedade e os serviços de atendimento público.

As novas Diretrizes Curriculares

Em 21 de junho de 2021, o Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional de Educação, instituiu as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Graduação em Odontologia no Brasil. Pouco tempo depois da publicação da Resolução, em 21 de junho de 2021, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Odontologia da UEPG, sob liderança do professor Fábio André dos Santos, começou a trabalhar nas adaptações necessárias para o cumprimento das novas diretrizes. O professor destaca que para este trabalho, além das discussões internas, tem contado com o apoio da Divisão de Ensino da Pró-Reitoria de Graduação para a implementação das novas DCNS na UEPG. O prazo máximo, em todos os cursos de Odontologia, é 2023, uma vez que a Resolução publicada entrou em vigor em 1º de julho de 2021 e tem um prazo de dois anos para aplicação.

*Com informações da Assessoria de Imprensa 

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