Toque de recolher reduz infrações, mas afeta setores | aRede
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Toque de recolher reduz infrações, mas afeta setores

Portal aRede e JM ouviram o poder público e empresário do setor de eventos, bares e restaurantes para entender impactos dos decretos

Há quase oito meses em vigor no município, toque de recolher ainda diverge opiniões sobre sua eficácia em Ponta Grossa
Há quase oito meses em vigor no município, toque de recolher ainda diverge opiniões sobre sua eficácia em Ponta Grossa -

Dhiego Tchmolo

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Portal aRede e JM ouviram o poder público e empresário do setor de eventos, bares e restaurantes para entender impactos dos decretos

O toque de recolher foi uma medida histórica em Ponta Grossa. No dia 19 de junho de 2020, uma sexta-feira, passou a vigorar um decreto que restringia a circulação de pessoas e atividades no município após às 23h. De lá para cá, os casos aumentaram e a medida tornou-se algo que faz parte do cotidiano dos ponta-grossenses – e, recentemente, de todos os paranaenses.

Na quinta-feira (11), o Governo do Estado do Paraná prorrogou as restrições pela quinta vez consecutiva. Já nesta sexta-feira (12), o horário foi alterado, com a diminuição de uma hora: das 0h ás 5h, mantendo as restrições de bebidas alcoólicas a partir das 23h. A medida vai até dia 28.

Em Ponta Grossa, a prefeita Elizabeth Schimdt (PSD) prorrogou o toque de recolher a nível municipal por mais 15 dias, contando a partir do dia 14 de fevereiro, com os horários das 23h às 6h da madrugada. A venda de bebidas alcóolicas, pelo decreto, fica restrito a partir das 22h e também encerra às 6h. O Portal aRede e o Jornal da Manhã foram atrás de representantes que sinalizam os benefícios – e aqueles que se sentem lesados pelas medidas.

“Entendemos que o toque de recolher é uma das ferramentas encontradas pelos municípios para o enfrentamento da pandemia, não apenas reduzindo a aglomerações, como também a procura pela rede hospitalar em decorrência de outras enfermidades. Dessa forma, o Comitê de Emergência vem acompanhando a evolução dos casos diariamente, além da situação dos hospitais em nossa cidade, para avaliar a continuidade ou aplicação de novas medidas”, destacou o procurador-geral do Município, Gustavo Schemim da Matta, citando a renovação do decreto que aumenta o toque de recolher.

Por outro lado, o setor de eventos, bares e restaurantes encontra dificuldades e pede alternativas para não comprometer as receitas, empregos e a economia. “A principal reivindicação seria trabalhar, com toda segurança que exige as normas é claro. O setor de eventos pode e tem como fazer eventos com segurança, como já está sendo feito em bares, restaurantes e comercio em geral”, destacou Rodrigo Gadelha, produtor de eventos e sócio proprietário de um bar em Ponta Grossa.

Ainda, Gadelha cita os números que as empresas vêm enfrentando com as medidas mais restritivas. “No setor de entretenimento o impacto eu calculo que seja de 100%, pois já estamos quase a um ano sem eventos em nossa cidade. No setor de bares e restaurantes ela tem um impacto de 40 a 50% nas vendas. Muitos estabelecimentos já fecharam e outros estão trabalhando no vermelho”, complementa o empresário, pontuando que, em bares e restaurantes, o maior público é das 20h às 23h30.

Avaliação da PM

Quem também avaliou as ações do toque de recolher foi o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM), Coronel Bezerra. “É importante a restrição de horário e de venda e consumo bebida alcoólicas, pois diminuem crimes violentos e acidentes de trânsito, preservando os leitos dos hospitais para as vítimas da Covid”.

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