Feira do produtor na Benjamin Constant completa 37 anos | aRede
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Feira do produtor na Benjamin Constant completa 37 anos

Feiras passaram por mudanças no último ano, mas continuam gerando abastecimento para a população e renda para os produtores

Feira adota medidas de segurança, com obrigatoriedade do uso de máscaras, disponibilização de álcool em gel e distanciamento entre as barracas
Feira adota medidas de segurança, com obrigatoriedade do uso de máscaras, disponibilização de álcool em gel e distanciamento entre as barracas -

Da Redação

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Feiras passaram por mudanças no último ano, mas continuam gerando abastecimento para a população e renda para os produtores

Nesta semana em que se comemora o Dia do Agricultor (28), Ponta Grossa também celebra uma data especial para o ramo da agricultura familiar: o aniversário de 37 anos da feira do produtor na rua Benjamin Constant. Considerado o local mais tradicional de realização das feiras livres na cidade, o espaço utilizado pelos feirantes consolidou o sucesso dessa atividade no município, que atualmente é organizado e fiscalizado pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da Prefeitura de Ponta Grossa (SMAPA).

“Começamos as atividades em 1983. Lembro que foi na semana do Dia do Agricultor, na última semana de julho. No começo não tínhamos muita concorrência e conseguimos boas vendas. Vimos que estávamos no caminho certo, o número de feirantes cresceu e, com isso, outras feiras foram criadas”, lembra o presidente da Associação dos Produtores Hortifrutigranjeiros de Ponta Grossa, Romualdo Siuta, que participa das feiras desde 1983.

Mantendo algumas das tradições ao longo dos anos, as feiras do produtor da cidade tornaram-se uma das principais fontes de renda dos agricultores familiares do município, além de deixar legados para as famílias participantes. Thereza Jaime, 75, participou das feiras desde as primeiras realizadas na rua Benjamin Constant. Neste ano precisou se ausentar por conta da pandemia do coronavírus, mas, conforme a mulher, seus dois filhos deram continuidade ao trabalho que antes eram exercidos por ela e pelo marido.

 “O trabalho nas feiras é o que mais contribuiu para a condição financeira da minha família. Meus filhos desde criança aprenderam a plantar comigo e com o meu esposo, depois passaram a frequentar as feiras e hoje são eles que tocam o negócio, vendendo hortaliças, mandioca, batata doce... enquanto eu e o marido trabalhamos apenas na nossa propriedade”, diz Thereza.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores Hortifrutigranjeiros, a feira do produtor passou por altos e baixos. Começou com uma expressiva participação da população. Depois, o movimento foi caindo, com a chegada de novos concorrentes na cidade. Hoje, porém, observa-se um público mais assíduo e maior número de feirantes. Conforme os dados da SMAPA, mais de 50 produtores são cadastrados e estão ativos participando das feiras. Com o objetivo de fortalecer o setor produtivo e a comercialização dos produtos da agricultura familiar, no último ano, o Município adquiriu barracas, mesas e lonas para reforçar a cobertura das bancas e as entregou aos feirantes. Além disso, medidas de fiscalização e organização foram intensificadas nos últimos meses para garantir a segurança dos participantes e da população nesse período de pandemia.

“As feiras do produtor são instrumentos importantes para o agricultor escoar suas produções e obter renda com o trabalho diário que realizam no campo. Como desenvolvedor de políticas públicas, o Município apoia e busca promover a agregação de valor aos produtos que são vendidos pela agricultura familiar. Por isso sempre buscamos achar meios de garantir uma estrutura adequada para as feiras, pois sabemos da importância que elas têm para o nosso público alvo. A padronização visual, nesse caso, é uma das questões que julgamos que valorizam os produtos vendidos”, destaca o secretário interino da SMAPA, Alexandre Oliveira.

Funcionando como mantenedora de costumes, mas também aberta às adaptações, a feira da Benjamin Constant já foi palco de eventos importantes na cidade, como as festas juninas, que neste ano, precisou ser cancelada por conta da pandemia da Covid-19. A feirante Elisete Portes, é uma das que participou da festa de 2019. “Eu amo festa junina e a feira aqui ficou cheia de gente comemorando esse festejo típico da roça. Neste ano, não podemos festejar, mas eu comemoro do meu jeito. No mês de junho e julho, algumas vezes eu vinha para a feira caracterizada, só para não deixar passar a data despercebida”, sustenta Elisete.

Entre tradições e remodelações, fazer parte desse processo de 37 anos é motivo de orgulho para muitos produtores. No período atual, garantir o abastecimento da população mostra-se essencial. Mas o alinhamento dessa necessidade com a garantia da segurança em saúde também é fundamental para possibilitar a continuidade das feiras do produtor. Nesse sentido, a SMAPA e a Associação de Produtores Hortifrutigranjeiros dialogam frequentemente para pensar em maneiras de manter vivos os costumes, ao mesmo tempo em que se adequam às necessidades atuais.

“Atualmente, o poder público municipal e os feirantes têm uma ligação forte, de diálogo e de serem receptivos um com o outro. Pensamos em conjunto os pontos que devem ser melhorados e as falhas existentes. Considero isso importante para conseguirmos melhorar a qualidade dos nossos produtos e dos atendimentos”, finaliza Romualdo.

As informações são da assessoria de imprensa

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