Marcio Pauliki aposta em gestão técnica dos recursos da Prefeitura

Ex-deputado estadual e empresário discute pré-candidatura e problemas da cidade, além de destacar experiência na iniciativa privada

Nesta quinta-feira (27), o Jornal da Manhã e do portal aRede estrearam uma versão especial do podcast ‘TánaRede’. A segunda edição da versão ‘Eleições 2020’ apresenta uma entrevista o ex-deputado estadual e empresário, Marcio Pauliki (SD), pré-candidato ao cargo de prefeito de Ponta Grossa em 2020. Pauliki já disputou o cargo de prefeito de Ponta Grossa em 2012, quando estreou na vida pública e teve um desempenho surpreendente para um novato. 

Ao ser questionado sobre a pré-candidatura, Pauliki foi categórico. “Sim, sou pré-candidato. Me vejo mais do que motivado, mas também preparado, para assumir responsabilidades da nossa cidade”, disse. “Para nós política não é profissão, mas sim vocação e retribuição para tudo aquilo que a cidade já nos deu. Me sinto mais preparado do que quando fui candidato pela primeira vez em 2012”, contou.

Ao falar da experiência obtida nestes oito anos, Pauliki destacou o fato de que ocupou outros cargos públicos eletivos. “De lá pra cá [2012-2020] obtive uma experiência ainda maior, seja na iniciativa privada onde lidero uma grande empresa que tem um orçamento semelhante ao da nossa cidade, seja na vida pública onde fui deputado estadual e conheci os meandros da política”, contou.

Pauliki foi o deputado estadual mais votado em 2014. “Isso me gabarita a chegar a uma Prefeitura mais preparado e obter resultados desde o primeiro dia”, afirmou. O empresário lembrou ainda que tem como motivação buscar mais resultados e metas de planejamento. “Quero colaborar com a cidade a propósitos de metas, diretrizes e planejamentos, algo que tem deixado a desejar nos últimos anos”, defendeu o ex-deputado estadual.

O empresário lembrou que atualmente Ponta Grossa não está entre as 200 melhores cidades do país em gestão fiscal ou em atração de empresas. “Temos números ruins nesses setores”, disse. “Tornar um ambiente público local um local melhor para se trabalhar é fundamental para atender bem toda a população, precisamos perseguir indicadores sociais importantes”, disse. 

Pauliki chamou a atenção ainda para as questões sociais da cidade. “Temos mais de 20 mil famílias que vivem abaixo da linha da pobreza, muitas vezes essas pessoas se escondem nos vales de Ponta Grossa. Um bom gestor tem que observar as questões técnicas, mas também olhar para as pessoas mais carentes. Desenvolvimento econômico só se justifica com desenvolvimento social”, defendeu presidente estadual do Solidariedade no PR.

Alianças serão feitas “apenas lá´pra frente”

Ao ser questionado sobre a composição da chapa, Marcio Pauliki foi categórico. “Vamos ver isso lá pra frente, temos muitos meses até outubro”, disse. “Mas desde já quero deixar claro.. vou discutir a cidade e deixar de lado o aspecto ideológico. A direita radical muitas vezes alimenta a esquerda radical”, afirmou. “Nosso grupo que é apolítico vai apresentar um projeto [PG +200] à cidade com a participação de mais de 43 mil pessoas, isso é gestão técnica”, afirmou.

O ex-deputado estadual prometeu registrar em cartório o conteúdo do programa PG +200. “Política não é profissão, política é retribuição. Por isso sou contra, inclusive, a abandono de mandato pela metade e a reeleição. Temos que ter representantes atuantes e buscar recursos de forma não ideológica”, defendeu o pré-candidato do Solidariedade. 

Passagem pela Alep e Acipg

Marcio Pauliki estreou oficialmente na vida pública em 2012, quando disputou o cargo de prefeito de Ponta Grossa pelo PDT, acompanhado de apenas outros quatro partidos. Na época, Marcio recebeu uma votação surpreendente com mais de 53 mil votos (30% dos votos válidos). No entanto, o empresário começou a ganhar notoriedade ainda no comando da Associação Comercial, Industrial e Empresarial (Acipg) no acompanhamento de temas públicos. 

Em 2014, Marcio voltou ao cenário político desta vez para se eleger deputado estadual pelo PDT com mais de 62 mil votos, sendo o deputado estadual mais votado da cidade naquele ano. Dois anos depois, agora em 2016, Pauliki optou por não se candidatar à Prefeitura, mesmo sendo o mais bem cotado, e decidiu apoiar o então vereador Julio Jüller, na época no PMB, no que chamou de “terceira via”. 

Já em 2018, Pauliki tentou alçar voos maiores e buscou uma vaga na Câmara Federal pelo Solidariedade, em Brasília, mas mesmo com 67 mil votos acabou ficando como primeiro suplente e não garantiu a vaga na Câmara dos Deputados.