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HBJ deixa de atender casos de alta complexidade em neurologia

Unidade Hospitalar pediu descredenciamento no atendimento pelo Sistema Único de Saúde. Apenas casos de urgência serão atendidos

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Afonso Verner

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Unidade Hospitalar pediu descredenciamento no atendimento pelo Sistema Único de Saúde. Apenas casos de urgência serão atendidos

O Hospital Bom Jesus (HBJ) pediu o descredenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento de alta complexidade em Neurologia - a decisão foi oficializada, do ponto de vista documental, em dezembro do ano passado. Na prática, a equipe de Neurologia do Bom Jesus não prestarão mais atendimento ambulatorial para pacientes tidos como de alta complexidade, mas serão atendidos apenas casos de urgência e emergência. 

A ação faz parte de uma readequação financeira do Hospital - a unidade hospitalar sofre com problemas no caixa há anos. De acordo com o Diretor Técnico do Hospital, Marcelo Ferraz de  Freitas, o serviço de alta complexidade de neurologia engloba o tratamento de tumores e aneurismas e outras doenças mais complexas. “Caso recebamos um paciente em situação de emergência, ele será atendido, estabilizado e depois transferido a um hospital indicado pela Regional de Saúde”, contou Freitas.

No cargo há 13 anos, o médico explicou que o Bom Jesus não deixará de atender os pacientes de média complexidade e nem as emergências - são classificados como casos de menor complexidade pacientes vítimas de derrames (AVCs) e traumas de crânio, como aqueles causados em acidentes. “Essa é uma decisão baseada em critérios financeiros. Ao longo de muitos anos o hospital vem sofrendo com a desproporção entre capacidade de pagamento do estado [União] e o custo real destes pacientes”, afirmou o diretor. 

Segundo Freitas, o Hospital buscou um equilíbrio, mas o custo dos pacientes neurológicos de alta complexidade é muito superior ao valor que Sistema Único de Saúde paga pelo atendimento. “Para o hospital manter a qualidade do atendimento foi preciso pedir o descredenciamento deste tipo de serviço”, contou Marcelo. A decisão foi oficializada no final do ano passado, mas já vinha sendo discutida internamente desde o começo do segundo semestre de 2019.

O diretor contou ainda que parte destes pacientes já vem sendo acomodados. “O Hospital Bom Jesus ficou com um tomógrafo quebrado por algum tempo e esse tipo de serviço [neurologia de alta complexidade] já vinha sendo realocado”, explicou Marcelo. O diretor estima que cerca de 440 pacientes serão diretamente afetados pela decisão de descredenciamento.  

Equacionamento da situação financeira do hospital

A expectativa agora é que, após o descredenciamento e da diminuição de gastos, o Bom Jesus estabilize as finanças. “Esse é um trabalho de longo prazo, de equacionamento entre saídas e despesas. Acredito que esse descredenciamento vai criar condições para o setor administrativo do Hospital buscar e manter o equilíbrio necessário para que um bom serviço siga sendo prestado”, contou o médico.

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