Morte de jovem expõe inexistência de segurança em balneários
Boa parte dos balneários de Ponta Grossa está afastada do perímetro urbano e se locais em locais de difícil acesso
Publicado: 26/12/2019, 19:19
Boa parte dos balneários de Ponta Grossa está afastada do perímetro urbano e se locais em locais de difícil acesso
O óbito por afogamento de Gilberto Henrique Matoso,19 anos, registrada no início da tarde de quarta-feira, feriado de Natal, evidencia a inexistência de um dispositivo de socorro imediato nos balneários de Ponta Grossa. Nesses mesmos locais, apesar da grande frequência da população, especialmente nos períodos de verão, não existem ações preventivas e nem campanha de conscientização.
Boa parte dos balneários de Ponta Grossa está afastada do perímetro urbano e se locais em locais de difícil acesso. Em um caso de emergência, como o de quarta-feira, o socorro demorou mais de 20 minutos – tempo extremamente alto que compromete qualquer atividade de socorro à vítima.
Gilberto estava com o irmão se divertindo na região de alagados, um dos pontos turísticos mais frequentados da região, quando os dois se afogaram. Ele morreu. O irmão conseguiu se salvar. As circunstancia do incidente aquático serão apuradas através de um procedimento policial. As informações iniciais revelam uma possível tentativa de travessia de canal para se chegar em uma ilha, quando eles se afogaram.
Uma morte por afogamento não pode ser recebida apenas como um dado estatístico. É importante fazer inspeção em todos os locais que cobram ou não ingressos e exigir um aparato mínimo de segurança. Salva Vidas capacitados e até mesmo ambulâncias são extremamente importantes para esses lugares.
Quando acontece a morte de uma pessoa em área turística, os prejuízos são enormes, inclusive para a cidade. Ocorrências dessa natureza diminuem o fluxo de turistas em áreas de visitação, refletindo, também na economia da cidade. É neste contexto que a Prefeitura e o próprio Corpo de Bombeiros devem se mobilizar na tentativa de evitar outras tragédias.
Ponta Grossa tem muitos rios lagos cachoeiras que milhares de pessoas frequentam, porém, poucas atitudes preventivas são colocadas em prática, a providência é tomada apenas depois que os afogamentos acontecem. Uma atuação pró-ativa é a solução mais eficaz para o problema. Muito se discute sobre culpados e responsáveis, porém, isso é tardio e sem efeito.
A não adoção dos cuidados necessários com a segurança ao frequentar balneários, rios, córregos, lagoas, represas ou praias, eleva consideravelmente o número de afogamento nessa época do ano.
Caso se depare com uma situação de afogamento, ofereça algo flutuante para a vítima, não entre na água e ligue 193 para Corpo de Bombeiros.
Período de férias escolares aumenta o número de crianças nos rios e balneários
Com a chegada do verão, aliado ao período de férias escolares e a alta temperatura climática, que é comum em nosso estado, as famílias, geralmente, como forma de lazer e recreação utilizam as piscinas de casa ou de clubes ou ainda se deslocam para os locais onde há balneários, rios, córregos, lagoas, represas ou praias para se refrescarem e divertirem. A não adoção dos cuidados necessários com a segurança eleva consideravelmente o número de afogamento.