Família enterra corpo de professor e polícia busca outros suspeitos

Apesar de o exame de DNA não ter sido divulgado, Lucas Ferreira de Oliveira foi enterrado em São Paulo. Policiais de Ponta Grossa buscam outros suspeitos

Depois da localização do corpo, em uma vila afastada da região central de Ponta Grossa, a Polícia Civil de Ponta Grossa vai priorizar as investigações para confirmar a participação de dois homens na morte do professor Lucas Ferreira de Oliveira. A ex-mulher dele, Patrícia Bruning Machenho, conhecida como Paty e ex-mulher de Oliveira, foi presa provisoriamente na sexta-feira (20) por ser a principal suspeita pela morte.

O delegado da Polícia Civil de Ponta Grossa, Jairo Luiz Duarte de Camargo, responsável pelas investigações, enfatizou que “desde o início das investigações confirmamos que as informações repassadas por ela (Patrícia Bruning Machenho) não se confirmavam”, assinala. O delegado trata o caso como homicídio e o direcionamento das investigações indicam que Lucas teria sido morto porque queria a guarda definitiva do filho.

Lucas Ferreira de Oliveira estava desaparecido deste o dia 15 de dezembro, quando saiu de São Paulo (onde morava), e veio para Ponta Grossa para visitar seu filho. Seu último contato com a família foi às 9h da manhã do mesmo dia, após isso a família e os amigos não conseguiram mais falar com o professor. Foi registrado movimentações em sua conta bancária e seus documentos foram encontrados na região central de Ponta Grossa.

Vinícius de Oliveira, irmão do professor, clama por justiça. Em entrevista ao portal aRede, ele demonstrou sua indignação e seu desejo de ver Patrícia Bruning Machenho, a ex-esposa de Lucas Ferreira de Oliveira, processada, assim como os possíveis comparsas pelo desaparecimento do professor. “Ela é assassina. Matou meu irmão”, resume. “Ele foi emboscado na frente da casa dela, foi amarrado e morto. Ela confessou para a polícia”, reforça.

Nesse domingo (22), foi encontrado corpo do professor na chácara Santa Tereza. Os familiares reconheceram alguns pertences da vítima, mas a confirmação através do exame de DNA ainda não saiu e está sob análise do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. O cadáver estava amarrado com uma corda presa ao pescoço – com sinais de enforcamento, aparentando suicídio.

Mesmo sem a confirmação do IML, o enterro de Lucas Ferreira de Oliveira aconteceu às 11h da manhã dessa segunda-feira (23) no cemitério Parque do Jaraguá, em São Paulo.

Advogado diz que Patrícia não matou o professor

Davi de Paula Quadros, advogado de defesa de Patrícia Bruning Machenho, revela que ainda não teve acesso ao processo de investigação de sua cliente e que está aguardando o deferimento. O advogado afirmou que a mulher não matou o professor. Patrícia irá dar um segundo depoimento que não há data confirmada, afirma Quadros. O advogado ainda finaliza dizendo que “agora cabe à polícia apurar quem realmente praticou o homicídio".