Crônicas dos Campos Gerais: ‘Beleza e história dos Campos' | aRede
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Crônicas dos Campos Gerais: ‘Beleza e história dos Campos'

Bianca Lourenço Caputo, 21 anos, estudante de Serviço Social, oceanógrafa de coração,
apaixonada pelo mar, por escrita e por histórias de tempos antigos.
Bianca Lourenço Caputo, 21 anos, estudante de Serviço Social, oceanógrafa de coração, apaixonada pelo mar, por escrita e por histórias de tempos antigos. -

Da Redação

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Texto de autoria de Bianca Lourenço Caputo, estudante de Serviço Social da UFPR, residente em Ponta Grossa, escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais 

Ali, naquela manhã de inverno ponta-grossense, estava Edgar, com sua bicicleta. Andava sem um destino certo, apenas relaxando e espairecendo a mente. Olhava de quando em quando o céu, claro e bem azul, sem nuvens, ainda com traços do amanhecer daqueles campos gerais, onde os primeiros raios de sol nascem por entre as araucárias. Pedalava calmo e paciente, enquanto o sol se erguia cada vez mais no horizonte, começando a aquecê-lo e deixar o dia mais bonito. Depois de percorrer uma distância considerável, Edgar parou sua bicicleta, desceu e observou sua volta. Estava em um alto morro, com uma vista incrível que abrangia vários campos ondulados com alguns animais pastando.

Plantações brincavam com a brisa fraca. A grama era amarelada, uma espécie de palha que crescia baixa e brilhava com um tom cor de ouro. Observando aquela imensidão se pôs a imaginar quantas belezas naturais não estariam escondidas por trás daquela natureza toda. Nascentes, cachoeiras, pedras forradas de musgo e lindas flores brotando. Cavernas e furnas, monumentos geológicos que só o tempo pode esculpir. Aquele chão forrado de histórias passadas, de passos antigos e até mesmo de antigos mares e animais marinhos que lá numa época longínqua habitaram! Fascinado com esses grandiosos pensamentos se pôs a conversar consigo e com as abelhas que por lá passavam:

— É, agora tenho certeza, é por essas coisas que vale estar vivo! — disse, erguendo os braços e respirando bem fundo todo aquele ar gelado e puro daqueles belos e preciosos campos.

No caminho de volta, estava mais atento e observador. Foi imaginando como chegaram ali os primeiros tropeiros, montados em seus cavalos, trazendo consigo uma  reserva de erva-mate e algumas moedas. Pensou também como seria viver numa época onde várias florestas de árvores nativas ocupavam aquela região. De pouco em pouco foi se sentindo cada vez mais integrado em toda aquela cultura que estava enraizada ali, na cidade, nos campos, dentro dele mesmo. E mais uma vez falou para si:

— Como é bom estar em casa.

Texto escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais.

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