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Com muitas informações, cobertura de esportes ganha novos atores

A limitação do acesso de jornalistas aos centros de treinamento e estádios ficou ainda mais impositiva na pandemia, mas esse já era um processo de muitos anos

Agora a informação está nos mais diversos canais e muitas vezes vem do próprio atleta.
Agora a informação está nos mais diversos canais e muitas vezes vem do próprio atleta. -

Da Redação

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A limitação do acesso de jornalistas aos centros de treinamento e estádios ficou ainda mais impositiva na pandemia, mas esse já era um processo de muitos anos

Com a pandemia, um processo que já era claro tornou-se irreversível: por décadas o jornalismo tradicional era o responsável por levar as informações de um clube de futebol ou um atleta de outro esporte para o grande público. Agora a informação está nos mais diversos canais e muitas vezes vem do próprio atleta.

Páginas no Instagram e Twitter são usadas pelos atletas para falar com seu público. É possível ainda conferir as novidades em sites gigantes, na televisão, no rádio, mas é possível ler mais notícias esportivas em “feeds” de todo tipo, desde em sites de apostas, podendo usar essas informações para dar palpites nos jogos da rodada, em perfis no Twitter de torcedores e até acompanhando as páginas oficiais de dirigente e empresários.

A limitação do acesso de jornalistas aos centros de treinamento e estádios ficou ainda mais impositiva na pandemia, mas esse já era um processo de muitos anos. A própria criação das coletivas de imprensa foi uma forma de substituir o acesso fácil que jornalistas tinham no gramado, vestiário e até na porta dos locais de treinos.

Ou seja, a informação continua rodando, mas a forma como ela chega para as pessoas – no caso os interessados pelos esportes, clubes e atletas – é completamente diferente.

Caso Naomi Osaka é significativo

A tenista Naomi Osaka é uma das grandes revelações dos últimos anos, surgindo como a principal candidata a herdar a posição dominante que Serena Williams teve no tênis feminino por anos.

Antes do prestigioso torneio de Roland Garros na temporada 2021, a atleta japonesa declarou que não compareceria às sessões obrigatórias de entrevistas com os jornalistas, o que causou uma grande polêmica. A razão apresentada foi a preservação de sua saúde mental, explicando que se sentia nervosa nas entrevistas. Depois de ser multada por sua ausência e ameaçada de exclusão do torneio, Osaka desistiu de sua participação.

Outros casos similares já tinham acontecido. Antes da disputa do Super Bowl, a final do futebol americano profissional, o jogador Marshawn Lynch compareceu à entrevista obrigatória antes do jogo e respondeu todas as perguntas com “eu só estou aqui para não ser multado”.

O beneficiado é sempre o fã

Se a relação entre jornalistas e atletas não está no melhor momento, quem perde são os fãs. Afinal por mais que exista um perfil oficial onde o atleta posta conteúdo exclusivo e até pode conversar com seus seguidores, é difícil ver o conteúdo de forma objetiva. Por exemplo, um clube em crise financeira pode esconder isso de seus fãs e só apontar as vitórias no gramado enquanto seu futuro é gravemente ameaçado.

Voltando aos sites especializados, a internet permite que toda iniciativa chegue mais facilmente a seus nichos. Nos casos dos sites de apostas esportivas que trazem notícias sobre os times e os campeonatos, é possível usar uma linguagem diferente que uma matéria televisiva, já que um público especializado que busca informações para um objetivo: dar seus palpites e acertar qual time irá vencer o jogo.

No caso dos portais de torcedores, o mesmo serve: eles podem ser ótimos para conferir notícias sobre seu time, opinião sobre aquele jogador que não está indo bem e qual é o próximo reforço. Mas talvez não seja o melhor para ler informações sobre outras equipes ou como um grande rival está se reforçando muito melhor do que o seu.

Por isso ter mais fontes de informações nunca será algo negativo, mas é preciso perceber quando essas informações saem de fontes confiáveis ou se tem alguma mensagem por trás, afinal existe uma grande diferença entre publicidade e jornalismo. O leitor terá que ter maior senso crítico para lidar com informações dissonantes e saber separar o que é verdade e o que tem uma certa dose de opinião ou até desinformação.

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