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Paraná inicia vacinação de crianças indígenas

Incluídos entre os grupos prioritários da vacinação pediátrica, que iniciou no sábado (15), a imunização dos indígenas com idade entre 5 e 11 anos iniciou nesta terça-feira (18) em parte das 78 aldeias.

Paraná inicia vacinação de crianças indígenas, com previsão de atender 3.125 nesse grupo.
Paraná inicia vacinação de crianças indígenas, com previsão de atender 3.125 nesse grupo. -

Agência de Notícias do Paraná

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Incluídos entre os grupos prioritários da vacinação pediátrica, que iniciou no sábado (15), a imunização dos indígenas com idade entre 5 e 11 anos iniciou nesta terça-feira (18) em parte das 78 aldeias

Exatamente um ano após a primeira vacina contra a covid-19 ser aplicada no Estado, crianças indígenas paranaenses começaram a ser imunizadas nesta terça-feira (18). Incluídos entre os grupos prioritários da vacinação pediátrica, que iniciou no sábado (15), a previsão é que 3.125 indígenas com idade entre 5 e 11 anos sejam vacinados no Estado, de acordo com levantamento do Ministério da Saúde. 

Da primeira remessa de 65,5 mil imunizantes que chegou na sexta-feira (14) para iniciar a vacinação infantil, a Secretaria de Estado da Saúde encaminhou às regionais 3,5 mil doses para aplicação nas crianças indígenas, incluindo a reserva técnica. Com isso, todas as crianças na faixa dos 5 aos 11 anos que vivem em 78 aldeias do Paraná, localizadas em 50 municípios diferentes, serão atendidas já nessa primeira fase.

Até o momento, segundo levantamento prévio da Secretaria estadual da Saúde, a vacinação já foi iniciada nas aldeias de Mangueirinha, Laranjinha (Santa Amélia), Kakaneporã (Curitiba), Apucaraninha (Tamarana), Alto Pinhal (Clevelândia), Ivaí (Manoel Ribas), Faxinal (Cândido de Abreu), Queimada e Mococa (Ortigueira). Nas demais, as equipes municipais e de saúde indígena estão se organizando para aplicar ainda nesta semana.

A Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social (Sudis) está em contato com as lideranças indígenas e também quilombolas para orientar e incentivar a imunização nessas comunidades. “Acelerar a vacinação nas comunidades tradicionais do Paraná é essencial para garantir a proteção de todas as pessoas que vivem nesses locais, que podem ser mais suscetíveis a formas graves da doença. É um pacto pela saúde coletiva de todos os paranaenses”, afirma o superintendente-geral de Diálogo e Interação Social, Mauro Rockembach.

O cacique Gabriel Poty, da Terra Indígena Mangueirinha, no Sudoeste, afirma que a vacinação das crianças era uma preocupação da comunidade, que já contava com a cobertura completa das outras faixas etárias. “Não tivemos nenhum óbito em nossa comunidade, houve um trabalho preventivo muito eficiente junto com as secretarias de Saúde e as lideranças indígenas”, explica.

“Sinto que, na medida em que as crianças recebem as suas doses de vacina, estamos virando essa página terrível e assustadora pelo que passaram os povos indígenas”, afirma o cacique. “Temos muito a agradecer ao Governo do Estado, nossos parceiros, aos municípios, às secretarias municipais de Saúde e às equipes de saúde da área indígena, que atuaram muito para cumprir as metas de vacinação, que sempre fechamos em 100%. Com nossas crianças vacinadas, temos certeza que teremos um futuro mais saudável pela frente”.

CRIANÇAS – No sábado, a menina Isadora Libânio Despensieri, de 6 anos, foi a primeira criança vacinada no Paraná. A previsão do Ministério da Saúde é que 1.075.294 crianças com idade entre 5 e 11 anos devam ser vacinadas contra a Covid-19 no Estado, com base nas estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dois lotes do imunizante pediátrico da Pfizer já foram encaminhados pelo Ministério da Saúde ao Paraná desde a sexta-feira, totalizando 131 mil doses para atender o público infantil.

A vacinação seguirá diretrizes semelhantes às dos adultos, sendo iniciada por crianças com comorbidades e deficiência permanente, seguidas de indígenas e quilombolas, as que vivem em lares com pessoas com alto risco para evolução grave de covid-19 e, então, em ordem decrescente de idade, iniciando pelos 11 anos até chegar aos 5 anos.

Com informações: Agência de Notícias do Paraná.

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