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PR apresenta detalhes da Nova Ferroeste a fundo árabe

Projeto prevê uma estrada de ferro com 1.304 quilômetros de extensão; investimento previsto é de R$ 29,4 bilhões.

'Nova Ferroeste' será segundo maior corredor de grãos e contêineres do país.
'Nova Ferroeste' será segundo maior corredor de grãos e contêineres do país. -

Agência Estadual de Notícias

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Projeto prevê uma estrada de ferro com 1.304 quilômetros de extensão; investimento previsto é de R$ 29,4 bilhões

A presença da comitiva do Paraná na 'Expo Dubai', em outubro deste ano, tem os primeiros desdobramentos para o projeto da Nova Ferroeste. Na manhã desta quarta-feira (17), representantes do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário apresentaram detalhes da nova estrada de ferro para o Fundo de Desenvolvimento de Abu Dhabi (ADFD), dos Emirados Árabes Unidos. A reunião foi on-line.

“Esse movimento que o Paraná fez ao participar da Expo Dubai foi muito importante para nós. O primeiro contato que tivemos lá nos Emirados Árabes Unidos com esse fundo foi superficial, mas eles logo demonstraram interesse em conhecer mais sobre o projeto”, disse o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes. Projeto do Governo do Paraná, a Nova Ferroeste será uma estrada férrea entre Maracaju (MS) e o Porto de Paranaguá. O projeto prevê a ampliação e modernização do trecho já existente, entre Cascavel e Guarapuava, além de novos ramais até o Mato Grosso do Sul e Foz do Iguaçu.

O projeto deve ir a leilão na Bolsa de Valores do Brasil (B3) no segundo trimestre de 2022. A empresa vencedora vai executar a obra e explorar a ferrovia por 70 anos. O investimento previsto é de R$ 29,4 bilhões. O Fundo de Desenvolvimento de Abu Dhabi (ADFD), vinculado ao governo daquele país, financia projetos que estimulam países em desenvolvimento a alcançar um crescimento socioeconômico sustentável. A atuação pode ser na forma de empréstimos, gestão e ações diretas.

A conversa com representantes do Governo do Paraná durou cerca de uma hora, período em que o diretor financeiro da ADFD, Ahmed Alturbak, percebeu a dimensão do empreendimento Nova Ferroeste. Alturbak destacou a posição geográfica do Paraná e a existência do Porto de Paranaguá como pontos fortes do projeto. “A infraestrutura portuária e a proximidade com grandes estados produtores e outros países chama a nossa atenção para esse empreendimento”, disse Alturbak.

Durante a conversa, representantes do fundo também demonstraram interesse em se associar à empresa que vai executar a obra. “Essa posição nos surpreendeu positivamente, porque eles poderiam financiar a obra e constituir sociedade com quem for explorar”, explicou Fagundes.

Detalhes

No encontro, foram apresentados os dados gerais da Nova Ferroeste, como os polos geradores de carga, a previsão de crescimento da indústria e do agronegócio brasileiro. Parte da reunião foi destinada às etapas de execução de investimento para a construção dos 1.304 quilômetros da ferrovia.

“Este é um projeto ambicioso e transformador”, avaliou o diretor do ADFD. Luiz Henrique Fagundes ressaltou que os investimentos em infraestrutura são muito atrativos porque têm um nível de segurança alto e longa duração.

Ao final do encontro, Ahmed Alturbak solicitou o agendamento de uma data para vir ao Brasil visitar o Paraná. No primeiro trimestre de 2022, uma comitiva dos Emirados Árabes Unidos embarca para a América do Sul, onde deve conhecer regiões da Colômbia e Argentina. “O Brasil é um parceiro estratégico no qual temos um grande interesse”, disse Alturbak.

Outro encontro

Na quinta-feira da semana que vem (25), uma reunião presencial será realizada na sede do Fundo Mumbadala, no Rio de Janeiro. Assim como o Fundo de Desenvolvimento de Abu Dhabi, o primeiro contato com a instituição aconteceu durante a 'Expo Dubai'.

Nova ferroeste

O projeto proposto pelo Governo Estadual prevê uma estrada de ferro com 1.304 quilômetros de extensão – segundo maior corredor de grãos e contêineres do país. No primeiro ano de operação plena, devem passar pelos trilhos da estrada de ferro aproximadamente 38 milhões de toneladas de produtos, a maioria com destino ao Porto de Paranaguá.

Nas próximas semanas, será finalizado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e o Governo do Paraná deve solicitar a Licença Ambiental Prévia junto ao Ibama. No início de 2022, acontecem as audiências públicas. O projeto deve ir a leilão no segundo trimestre do ano que vem.

Com informações: Agência Estadual de Notícias.

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