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Metade das microcervejarias pode fechar no Paraná

Informação foi revelada por um estudo feito pela Associação das Microcervejarias do Paraná

Empresas em Ponta Grossa adotam medidas para superar o momento de baixas vendas
Empresas em Ponta Grossa adotam medidas para superar o momento de baixas vendas -

Fernando Rogala

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Informação foi revelada por um estudo feito pela Associação das Microcervejarias do Paraná

O setor das microcervejarias é um dos segmentos industriais mais prejudicados neste momento de pandemia do novo coronavírus. Um estudo realizado pela Associação das Microcervejarias do Paraná (Procerva) aponta que quase metade das pequenas cervejarias devem fechar as portas neste ano. O levantamento ouviu 38 empresários, que relataram uma retração superior a 80% no faturamento. A produção caiu e diversas empresas no estado realizaram demissões. 

Em Ponta Grossa, a situação não é muito diferente. Para o empresário Roberto Wasilewski, membro da Associação das Microcervejarias dos Campos Gerais, da qual ele já foi presidente, o setor começou a sofrer já em meados de março, quando o vírus chegou. Foi então que houveram decretos municipais e estaduais, limitando o comércio. “Nas duas primeiras semanas as vendas zeraram. Tudo o que tinha de vendas foi cancelado”, recorda o empresário.

Desde então, o setor patina. No caso dele, na Koch Bier, as vendas caíram mais da metade, que refletiram uma grande retração no faturamento. “Nossas vendas caíram cerca de 60%, e com isso, neste mesmo percentual o faturamento. E o que estamos vendendo, estamos comercializando com um valor menor, 40% abaixo do valor”, explica. Essa medida, de fazer uma promoção para reduzir os preços, foi uma forma de tentar, pelo menos, manter os custos. “Em abril, fizemos promoção e começou vender o delivery. O preço baixo começou a movimentar. Assim conseguimos pagar funcionários”, informa. 

No caso dele, Wasilewski reforça que não há a perspectiva de fechar as portas, mas há o temor por outros empresários. “Nós não vamos ter problemas maiores porque temos poucas dívidas, mas tudo vai postergando”, reitera o empresário. Agora, há a perspectiva de uma retração nas vendas novamente, devido ao novo decreto municipal, com o toque de recolher. “E outro agravante é o frio: os meses de junho e julho são os mais fracos”, explica, lamentando as perdas nos meses anteriores.

Empresas adotam medidas

Para superar esse período, além da baixar o valor dos produtos, Roberto afirma que outras medidas foram adotadas, especialmente junto aos colaboradores. “Demos férias a funcionários e fizemos a suspensão do contrato de trabalho. Dos sete colaboradores, quatro saíram nesta quarta-feira, o que representa uma redução no quadro de funcionários de 60%”, disse. Agora, Roberto afirma aguardar a nova liberação de recursos, anunciada nesta semana, para micro e pequenas empresas, para prosseguir com as atividades.

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