General iraniano é morto em ataque aéreo americano

Após a morte de Soleimani, líderes iranianos se pronunciaram, prometendo vingança pela morte do ‘herói’.  Embaixada dos EUA pediu aos seus cidadãos que abandonem o Iraque 

Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária do Irã, morreu na noite desta quinta (02) ao ser atingido por um bombardeio em um aeroporto de Bagdá. A ação que deixou pelo menos outros sete mortos foi coordenada pelos Estados Unidos.

No momento do ataque, as vítimas estavam em um comboio das Forças de Mobilização Popular. Soleimani, de 62 anos, era considerado o segundo homem mais importante do país, atrás apenas do aiatolá Khamenei.

De acordo com nota emitida pelo Pentágono, a medida foi tomada para proteger os americanos que moram no exterior. “Sob a direção do presidente, os militares dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal dos EUA no exterior, matando Qasem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana Corps-Quds Force, uma organização terrorista estrangeira designada pelos EUA”. Em sua conta no Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou uma imagem com a bandeira do país.

O ataque aconteceu poucos dias após a Embaixada Americana em Bagdá ter sido invadida por manifestantes. De acordo com o Pentágono, a Guarda Iraniana, liderada por Soleimani, seria responsável pela invasão que resultou em confrontos com forças americanas no local.

Após a morte do General, líderes iranianos se pronunciaram, prometendo vingança pela morte do ‘herói’. Entre eles, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, o chanceler iraniano, Mohamad Zarif, e Mohsen Rezaei, secretário do Conselho de Conveniência do Irã que escreveu “O mártir tenente-general Qasem Soleimani se juntou aos seus irmãos mártires, mas nós nos vingaremos com veemência dos EUA”.

A representação diplomática dos EUA pediu aos norte-americanos no Iraque que deixem o país imediatamente e orientou que “partam de avião o mais rápido possível” ou saiam “para outros países por via terrestre”.