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Sindicato identifica irregularidades em frigorífico em Ivaí

Líder do sindicato esteve no frigorífico junto com a PM. No local foi encontrado um idoso trabalhando e trabalhadores cumprindo expediente além de 8 horas

Fiscalização ocorreu na tarde desta segunda-feira
Fiscalização ocorreu na tarde desta segunda-feira -

Da Redação

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Líder do sindicato esteve no frigorífico junto com a PM. No local, foi encontrado um idoso trabalhando e colaboradores cumprindo horas de expediente além do permitido

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios, Carnes e Alimentação de Ponta Grossa e Região (Stimlaca) se dirigiu, nesta segunda-feira (13), com o apoio da Polícia Militar, até o município de Ivaí, para investigar situações de irregularidades em um frigorífico naquela cidade, localizada na região dos Campos Gerais. Na denúncia, de uma pessoa ligada a um trabalhador, houve a informação de que havia situação de trabalho análoga a de escravidão e de um colaborador com mais de 60 anos, que estaria trabalhando no local – o que é irregular em um local insalubre, de acordo com as medidas de prevenção contra a covid-19. O frigorífico conta com 45 colaboradores e faz abate de bovinos e suínos.

No local, informa o presidente do Stimlaca na região, Luís Pereira dos Santos, denúncias forma confirmadas. “A empresa permitiu que o senhor de 62 anos estivesse trabalhando e orientou ele para não bater o ponto. E pegamos ele no flagrante. Além disso, outros trabalhadores estão submetidos a mesma situação: os trabalhadores estavam extrapolando até 12 horas de trabalho por dia, e tinha uma pessoa do administrativo que batia os pontos nos horários determinados, para não juntar provas, pois em um frigorífico não se pode fazer hora extra, porque é muito prejudicial”, revelou Luís Pereira dos Santos. “Tinha trabalhador que ficava trabalhando até às 23h, e sem bater ponto. Isso é crime”, completou.

Um Boletim de Ocorrência (B.O.) foi feito. “Nós acionamos a Polícia Miliar, para que fosse feito um Boletim de Ocorrência, porque precisamos dessa prova para apresentar ao Ministério Público do Trabalho, para que eles tomem providencias”, informou Pereira. A partir dessa denúncia, o MPT poderá abrir um inquérito contra a empresa. “Lá foi feito o flagrante e agora vamos juntar a documentação e relatos para encaminhar. Haverá mais uma investigação deles [MPT] sobre as informações e talvez chamem o empregador para assinar um Termo de Ajuste de Conduta ou um Inquérito Civil”, completa.

Luís Pereira dos Santos reitera que o sindicato, que representa cerca de 2 mil trabalhadores na região, está aberto para denúncias. “Há empresas que estão se aproveitando desse momento de pandemia para adquirir mais lucro à custa dos colaboradores. Então estamos de olho nisso. Todas as denúncias que chegam nosso sindicato, vamos averiguar”, conclui. 

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