Policiais questionam escala 24/48h em companhias do 26º BPM | aRede
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Policiais questionam escala 24/48h em companhias do 26º BPM

Cerca de 100 policiais tem atuado em escala de 24/48h e reclamam de condições de trabalho. Major comandante do Batalhão questiona

Cerca de 100 policiais estão submetidos a escola 24/48h
Cerca de 100 policiais estão submetidos a escola 24/48h -

Afonso Verner

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Cerca de 100 policiais tem atuado em escala de 24/48h e reclamam de condições de trabalho. Major comandante do Batalhão questiona

Policiais militares do 26º Batalhão da Polícia Militar (26º BPM), com sede em Telêmaco Borba, questionam a escala de 24h por 48h que tem sido imposta aqueles que atuam nas companhias submetidas ao Batalhão. Segundo o policial militar, que pediu anonimato, cerca de 100 PMs têm sido submetidos a escala. O major Marcos Ginotti Pires, comandante do batalhão, criticou questionamentos e ressaltou que é “preciso compromisso institucional”. 

Segundo o relato do policial que procurou a reportagem do portal aRede, as trocas de serviço foram proibidas pelo comandante. “Está decisão vai contra as considerações do memorando n° 016/20, de 24 de março de 2020 do subcomandante geral da PMPR, que considera a importância da busca de soluções para a preservação da saúde dos militares estaduais e adequação da jornada de trabalho da tropa para esta situação em que vivemos com relação a COVID 19”, informou o PM.

Por sua vez, o comandante afirmou que a reclamação é “irresponsável”. “O policial militar deve ter compromisso institucional, a prioridade dele é a Polícia Militar”, disse. O major Ginotti disse ainda que nas companhias do 26º BPM, dispersas em 10 cidades dos Campos Gerais, uma escala similar às das sedes dos batalhões é “impossível”. “Na sede há uma escala diferenciada, mas a demanda é  muito maior e nem aqui [sede do Batalhão] é permitido essa dobra de serviço”, criticou. 

Para o policial denunciante, a escala 24/48 prejudica os PMs que atuam nas companhias. “Vejo que não nos é dado o devido respeito que merecemos, não respeitando nossa saúde e de nossos familiares; forçando com isso o nosso deslocamento frequente para fora de casa, colocando em risco de contágio as pessoas que mais amamos, pois não adianta redobrar os cuidados em nossas casas se estamos nos expondo a mais do que o necessário”, contou o policial.

Para o denunciante que falou sob circunstância de anonimato, a “convivência da caserna é inevitável, mas de forma consciente e ordenada poderia ser reduzido o contato entre os policiais se fosse estendido a todos uma escala mais justa, diminuindo as idas e vindas ao trabalh”. contou. “Não é uma questão de passar mais tempo em casa, mas sim de nos mantermos mais seguros com nossas famílias e cuidando de nossa saúde”, disse o policial. 

Por sua vez, o Major comandante do 26º BPM fez duras críticas às afirmações. “Como um policial pode fisicamente atender bem à população trabalhando 48h à fio? Não tem como essa prática ser executada, isso é da natureza humana, o policial vai dormir no serviço”, disparou. “É preciso tem compromisso institucional, a prioridade dele é a polícia militar. Buscamos fazer uma escala possível, legal e lógica”, contou.

O major classificou ainda a informação como “leviana”, no mínimo. “Nossos policiais são dignos de credibilidade. Isso aqui não é uma creche, o sujeito tem que ter responsabilidade, isso é falta de respeito”, criticou.

Escala é feita diante do efetivo disponível

Segundo o major, a escala é feita diante do efetivo disponível. Além disso, a “natureza” do trabalho também interferiria a escala dos policiais - agentes que atuam no administrativo têm escalas diferentes daqueles que atuam em viaturas e no patrulhamento de rua. Os profissionais que atuam no policiamento a pé, moto e no policiamento montado tem escala de 6h, por exemplo.

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