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Produtores irão ampliar área de soja plantada na região

Além da redução da área plantada de feijão, haverá uma migração de áreas de pastos e da silvicultura para o plantio de soja

Área plantada de soja neste ano será cerca de 5 mil hectares superior ao registrado na última safra nos Campos Gerais
Área plantada de soja neste ano será cerca de 5 mil hectares superior ao registrado na última safra nos Campos Gerais -

Fernando Rogala

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Além da redução da área plantada de feijão, haverá uma migração de áreas de pastos e da silvicultura para o plantio de soja 

Produtores rurais da região dos Campos Gerais irão ampliar, nesta safra 2020/21, a área plantada de soja. Diante do alto preço de venda do grão, hoje cotado a R$ 125 a saca de 60 quilos (60% a mais que a média de R$ 78 em setembro de 2019), houve uma migração de feijão para soja, e mesmo áreas antes ocupadas pela silvicultura ou pastos, que agora passarão a produzir soja. Com isso, os 555 mil hectares ocupados com esse grão na safra colhida neste ano, passarão para 560 mil hectares nos Campos Gerais, o que representa um incremento de quase 1%. No Estado do Paraná, está prevendo um plantio recorde de 5,54 milhões de hectares na safra 20/21, segundo estimativa da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab).

De acordo com Luiz Alberto Vantroba, economista do núcleo regional de Ponta Grossa do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Seab, são cerca de 3 mil hectares novos destinados para a agricultura na região nesta safra. “As áreas de pastagem e áreas marginais, como os produtores chamam, e de reflorestamento, que chegaram no ponto de colheita, vão sendo destinadas para soja, mesmo essas áreas sendo menos produtivas. Isso ocorre devido aos bons preços praticados neste ano, em função do dólar e demandas dos outros países, e venda futura também, em torno de R$ 120, então isso estimulou produtores”, resume.

A janela de plantio da soja já teve início, com o término do vazio sanitário no dia 10 de setembro. Contudo, com a seca observada há mais de um mês, não houve o início do plantio, como tradicionalmente ocorre. Cenário o qual traz certa preocupação aos produtores, caso seja mantido pelas próximas semanas. “O plantio deve se intensificar a partir de outubro, entre os dias 1 e 10, de forma mais dinâmica, com mais intensidade. Mas por outro lado, o que preocupa é a estiagem: as últimas chuvas ocorreram no dia 22 de agosto, então estamos mais de um mês sem chuva”, informou Vantroba. 

Quanto aos outros cultivos, o milho terá uma leve variação para cima, de 67,6 mil hectares para 68 mil hectares. Já o feijão terá uma redução de quase 3 mil hectares, de 32,8 mil hectares para 30 mil hectares, o que significa uma baixa de 9%. Quanto ao rendimento previsto por cultura nos Campos Gerais, são 10,5 mil quilos por hectare no milho, 3,9 mil na soja e 2,3 mil quilos por hectare no feijão.

Produção estadual prevista será de 24,3 milhões de toneladas

A Secretaria também revelou uma estimativa de produção de 24,3 milhões de toneladas para a safra de grãos de verão 2020/21 no Estado do Paraná. Para o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, o quadro da maior estiagem dos últimos 100 anos pode ser preocupante, mas ele espera uma boa safra de grãos. “A situação este ano reforça a necessidade que o produtor tem de fazer um plantio direto cada vez mais correto, de alta qualidade, guardando mais água no solo com proteção de palhada bem feita para não enfrentar problemas com o clima”, ressaltou.

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