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Paraná registra pior estiagem dos últimos 23 anos

Volume de chuvas foi um terço menor. Em algumas regiões do Estado, produtores de milho safrinha relatam problemas

Volume de chuvas foi um terço menor. Em algumas regiões do Estado, produtores de milho safrinha relatam problemas
Volume de chuvas foi um terço menor. Em algumas regiões do Estado, produtores de milho safrinha relatam problemas -

Da Redação

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Volume de chuvas foi um terço menor. Em algumas regiões do Estado, produtores de milho safrinha relatam problemas

A falta de chuvas que assola praticamente todas as regiões do Paraná chegou a níveis preocupantes. Dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontam que a ocorrência de índices pluviométricos abaixo das médias históricas já se arrasta por dez meses – de junho de 2019 a março de 2020 –, na região das nove maiores cidades do Estado. Segundo o Simepar, esta á a pior estiagem já registrada desde 1997, quando o instituto começou a fazer este tipo de monitoramento. A seca prolongada já provocou impactos na lavoura de milho safrinha em algumas regiões.

Em regiões do Paraná, como Oeste e Norte, o plantio do milho safrinha foi feito um pouco mais tardiamente em relação ao período histórico. De um modo geral, os produtores relatam que a estiagem, combinada à restrição da umidade, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar prejudicaram o desenvolvimento da lavoura. A seca também favoreceu o aparecimento de pragas, como pulgão, ácaro, cigarrinha do milho e lagarta do cartucho.

“Apesar de não ser uma condição generalizada no Paraná, uma vez que nas regiões Sudoeste e Central as lavouras se desenvolvem bem com as últimas chuvas ocorridas, o panorama é preocupante”, destaca Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Por todo esse cenário, o produtor rural Nelson Paludo, também presidente da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP, estima que a produtividade das lavouras de Toledo, no Oeste, deve sofrer redução de um terço. “Já estimamos perda de 30%, isso se tudo correr bem daqui para frente. As plantas estão bastante afetadas e com porte baixo”, observa.

Conforme o Simepar, as perspectivas não são favoráveis à ocorrência de chuva na próxima semana. Em praticamente todo o estado, o ar continua seco, o que dificulta a formação de nuvens carregadas. Em geral, os dias serão marcados por grande amplitude térmica e baixas temperaturas no início do dia e durante o período noturno.

Estiagem afeta produtores rurais de todas as regiões

Segundo o Simepar, a redução média de precipitação nos últimos dez meses foi de 33%, considerando o conjunto dos nove maiores municípios do Paraná: Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guaratuba e Umuarama. Em termos proporcionais, Guarapuava foi o município em que o volume de chuvas mais diminuiu: 47%.Em números absolutos, Curitiba foi a cidade que registrou menos chuva no período: 725 milímetros. Na sequência, o termômetro da seca aponta para Ponta Grossa (40% de diminuição).

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