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Excesso de chuva impacta na colheita de soja na região

Pico da colheita já teve início e segue até abril. Desde o início do mês, chuvas quase diárias fazem os produtores aproveitar cada momento propício para a colheita

Embora o clima quente favoreça, há o temor que chuvas sejam prolongadas nos próximos dias
Embora o clima quente favoreça, há o temor que chuvas sejam prolongadas nos próximos dias -

Fernando Rogala

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Pico da colheita já teve início e segue até abril. Desde o início do mês, chuvas quase diárias fazem os produtores aproveitar cada momento propício para a colheita

O clima começa a impactar na colheita de grãos na região dos Campos Gerais. Como já dizia a letra da canção de Tom Jobim, “São as águas de março fechado o verão”, desde o início deste mês, na maior parte dos dias, há o registro de umidade, geralmente com pancadas na parte da tarde. Como agora começa o pico da colheita da soja, o principal produto plantado nos Campos Gerais, há a necessidade de um tempo mais estável para que o grão seja retirado do com as melhores condições.

Nesse momento de colheita, o excesso de chuvas é prejudicial, já que o encharcamento do solo dificulta ou impede que as máquinas entrem no campo, além de que, se colhida molhada, a soja perde qualidade ou depende de gastos com secadores. A partir do momento que atinge ponto de colheita, a soja deve ser retirada do campo em cerca de dez dias. Embora seja um cultivar menos susceptível a prejuízos, como é o caso do feijão e do trigo, há o temor de volumes maiores de chuvas e por períodos mais continuados.

Hoje, pouco mais de 30% da soja está colhido. Nas últimas semanas o volume a ser colhido não era tão grande como o previsto para ser retirado do campo a partir de agora. “Ainda temos cerca de 50% das áreas que não estão em ponto de colher. Então essas chuvas não preocuparam tanto. Porém, o pico ocorre entre 20 de março até 20 de abril”, explica Luiz Alberto Vantroba, economista do Núcleo Regional do Departamento de Economia Rural (Deral) nos Campos Gerais. Por esse, fato preocupa se houverem, nas próximas semanas, longos períodos úmidos.

Nesta terça e quarta-feira, Vantroba viajou por municípios dos Campos Gerais, e relatou ter visto máquinas no campo. Com as chuvas, de diferentes intensidades e esparsas, os produtores precisam adaptarem-se ao clima. “Os produtores aproveitaram ontem até a noite e hoje pela manhã para colher. Mas se chove na hora do almoço, precisa interromper e avaliar onde a máquina consegue entrar”. Porém, por enquanto, o ponto positivo é que as temperaturas ainda estão baixas e, se cai uma pancada de chuva, logo o grão seca e não há o apodrecimento de grãos.

Produtores devem obter cerca de 3,6 mil quilos por hectare

A média de produtividade está estimada em 3,6 mil quilos por hectare. Até o final desse ano, ainda na época do plantio, a estimativa era de uma produção de 3.750 quilos por hectare. Mas o clima não favorável derrubou essa média em cerca de 4%. Porém, Vantroba alerta que poderá haver uma variação desse valor, para menos se as chuvas continuarem intensas, ou para mais, se as condições a partir de agora forem favoráveis. Nos últimos dias, por exemplo, Vantroba afirma ter conversado com produtores rurais, que afirmaram uma produção superior a 3,7 mil quilos por hectare.

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